CONTE HISTÓRIAS

Meu pai não tinha a menor paciência. Eu sabia que os primeiros minutos eram sempre difíceis, parecia que ele estava pensando em outra coisa. Mas depois, o era uma vez era garantia de sonhos povoados de fadas, duendes, sacis e caiporas. As que eu mais gostava eram as 'Histórias de Encantado', como diz marido. Aqueles minutos, de vez em quando, antes de dormir, foram fundamentais para o desenvolvimento do que eu chamo de "meu imaginário". Então às vezes, mesmo com preguiça e sono, eu conto histórias. Maria Flor, que mora na caatinga, monta no seu cavalo alado encantado e ( mesmo as crianças sabendo do segredo que o cavalo dela é bem um jegue) o quarto se enche de pó de pirlimpimpim.

E você? Lê ou inventa histórias para os seus filhos, enteados, sobrinhos? Se ainda não, que tal passar num sebo e sair de lá 10 reais mais pobre e três livros infantis mais rica?