UTOPIA É AQUI
Rainha de Copas. Tinha uma professora que eu não era capaz de enxergar. Olhava pra ela e via a Rainha de Copas. Coisa parecida, mas do avesso, aconteceu ao ler a entrevista do genial arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé. Ele diz "Olha... Eu gostaria que houvesse uma retomada das pequenas cidades, que é a escala que o ser humano consegue conviver melhor entre si." E eu lia "Sei que existem remédios que podem aliviar o mal; mas estes remédios são impotentes para curá-lo."*.
E isso me dá uma vontade de passar por sua rua e te cumprimentar à tôa, como cumprimento os transeuntes de manhã. (Mais que isso não dá, ia ser cãimbra.) E ele continua, ora vejam só: "Em outra ocasião, fui chamado para fazer a residência de um diplomata em Brasília. Mas o cara era muito machista, sabe? Na discussão do projeto ponderei que, se ele fizesse uma casa de três pavimentos com cozinha embaixo, precisava de uma copinha em cima. Aí ele disse: ‘Mas, se eu quiser água, minha mulher desce até a cozinha para pegar’. Desisti do projeto. Tem cabimento uma coisa dessas?" Não Lelé, não tem cabimento.
Lelé ajudou a construir Brasília. E é dele o projeto dos hospitais da rede Sarah. Projetou prédios que aproveitam a luz e ventilação naturais, dispensando o uso de ar condicionado e diminuindo o risco de infecção hospitalar (“são os menores índices do mundo!”, segundo uma pesquisa suíça). Fora a conta de luz, que sairia em média por R$ 800 mil e fica em R$ 80 mil. Lelé também desenhou os equipamentos dos hospitais, como a emblemática cama-maca, que facilita os exames e a locomoção do paciente, levando-o para as áreas verdes que sempre permeiam seus hospitais.
*O hipertexto é Utopia. Não a utopia sonho. A Utopia de Thomas Morus. O texto em itálico é das páginas negras da Trip, corre lá pra conhecer mais um pouco esse homem incrível.
p.s.: Sinto pelo Lelé um carinho quinem pelo Zanine.
E isso me dá uma vontade de passar por sua rua e te cumprimentar à tôa, como cumprimento os transeuntes de manhã. (Mais que isso não dá, ia ser cãimbra.) E ele continua, ora vejam só: "Em outra ocasião, fui chamado para fazer a residência de um diplomata em Brasília. Mas o cara era muito machista, sabe? Na discussão do projeto ponderei que, se ele fizesse uma casa de três pavimentos com cozinha embaixo, precisava de uma copinha em cima. Aí ele disse: ‘Mas, se eu quiser água, minha mulher desce até a cozinha para pegar’. Desisti do projeto. Tem cabimento uma coisa dessas?" Não Lelé, não tem cabimento.
Lelé ajudou a construir Brasília. E é dele o projeto dos hospitais da rede Sarah. Projetou prédios que aproveitam a luz e ventilação naturais, dispensando o uso de ar condicionado e diminuindo o risco de infecção hospitalar (“são os menores índices do mundo!”, segundo uma pesquisa suíça). Fora a conta de luz, que sairia em média por R$ 800 mil e fica em R$ 80 mil. Lelé também desenhou os equipamentos dos hospitais, como a emblemática cama-maca, que facilita os exames e a locomoção do paciente, levando-o para as áreas verdes que sempre permeiam seus hospitais.
*O hipertexto é Utopia. Não a utopia sonho. A Utopia de Thomas Morus. O texto em itálico é das páginas negras da Trip, corre lá pra conhecer mais um pouco esse homem incrível.
p.s.: Sinto pelo Lelé um carinho quinem pelo Zanine.
UTOPIA É AQUI
Reviewed by vivianne pontes on
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Rainha de Copas. Tinha uma professora que eu não era capaz de enxergar. Olhava pra ela e via a Rainha de Copas. Coisa parecida, mas do avess...
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