APRESENTANDO AS NOTAS DA D. VANIA
A Vania faz uns comentários tão deliciosos... e sempre por email! Achei que não era justo. Que eu devia compartilhar isso. Mas como email ainda não vem com botão de #curtir, fiz melhor. Convidei a Vania pra uma coluna fixa no d♥!
Então fique à vontade pra conhecer as Notas da Vania:
Pois é. A frase de Simenon me levou muito longe. A uma sala dos anos 40, minha infância - não me lembro dos móveis. Tudo de que me lembro é de que era limpa, o chão brilhava, havia uma certa escuridão, "como se jamais fosse usada". Havia um sofá onde meu pai cochilava às vezes de dia: jornalistas, àquele tempo, trabalhavam à noite. E sobre o chão brilhante, o taco espinha de peixe, eu abria o jornal que ele trazia e me regalava com os quadrinhos. Imagine o Dick Tracy com seu relógio-televisão-telefone.
Era uma aventura essa incursão em terreno proibido, onde só as visitas entravam - as pessoas "da casa" precisavam deslizar os pés sobre pedaços de pano para não arranhar o chão-perfeição. Enceradeira? imagine! Um esfregão de ferro, de cabo móvel, que a gente precisava empurrar pra lá e pra cá até o brilho aparecer.
Poucas lembranças da casa em geral. Felizmente havia um pequeno quintal (cimentado, é claro!), e um lote vago enorme ao lado, cheio de árvores, palco de aventuras maravilhosas, queimaduras de lagartas, a alegria que só Chico Buarque pôde descrever de quando eu era Homem Aranha ou Shazam e, lençol amarrado no pescoço, saltava hilariante de galhos e muros. Minha primeira relação com a mobília, com a decoração, não foi muito impressionante - felizmente posso substituí-la pela feliz lembrança das árvores, muito antes de elas virarem assoalhos e móveis!
♥ D. Vania, hoje professora aposentada de inglês e português (com direito a canudo e tudo...), foi antes secretária executiva bilíngue durante eras. Por duas vezes começou e abandonou a Escola Guignard, mas ficou o suficiente para conhecer o melhor da arte. Tem 4 filhos, três além-mar, uma à beira-mar, na Paraíba. Divorciou-se dos pincéis há muito, mas continua apaixonada por coisas bonitas, por feituras inusitadas e por gente linda!
Então fique à vontade pra conhecer as Notas da Vania:
Pois é. A frase de Simenon me levou muito longe. A uma sala dos anos 40, minha infância - não me lembro dos móveis. Tudo de que me lembro é de que era limpa, o chão brilhava, havia uma certa escuridão, "como se jamais fosse usada". Havia um sofá onde meu pai cochilava às vezes de dia: jornalistas, àquele tempo, trabalhavam à noite. E sobre o chão brilhante, o taco espinha de peixe, eu abria o jornal que ele trazia e me regalava com os quadrinhos. Imagine o Dick Tracy com seu relógio-televisão-telefone.
Era uma aventura essa incursão em terreno proibido, onde só as visitas entravam - as pessoas "da casa" precisavam deslizar os pés sobre pedaços de pano para não arranhar o chão-perfeição. Enceradeira? imagine! Um esfregão de ferro, de cabo móvel, que a gente precisava empurrar pra lá e pra cá até o brilho aparecer.
Poucas lembranças da casa em geral. Felizmente havia um pequeno quintal (cimentado, é claro!), e um lote vago enorme ao lado, cheio de árvores, palco de aventuras maravilhosas, queimaduras de lagartas, a alegria que só Chico Buarque pôde descrever de quando eu era Homem Aranha ou Shazam e, lençol amarrado no pescoço, saltava hilariante de galhos e muros. Minha primeira relação com a mobília, com a decoração, não foi muito impressionante - felizmente posso substituí-la pela feliz lembrança das árvores, muito antes de elas virarem assoalhos e móveis!
Beijão, Vania
♥ D. Vania, hoje professora aposentada de inglês e português (com direito a canudo e tudo...), foi antes secretária executiva bilíngue durante eras. Por duas vezes começou e abandonou a Escola Guignard, mas ficou o suficiente para conhecer o melhor da arte. Tem 4 filhos, três além-mar, uma à beira-mar, na Paraíba. Divorciou-se dos pincéis há muito, mas continua apaixonada por coisas bonitas, por feituras inusitadas e por gente linda!
APRESENTANDO AS NOTAS DA D. VANIA
Reviewed by vivianne pontes on
.
A Vania faz uns comentários tão deliciosos... e sempre por email! Achei que não era justo. Que eu devia compartilhar isso. Mas como email ai...
Rating: 5