Le Corbusier, o corvo
Por Stella Cavalcanti/Vivianne Pontes
Sabe aquele seu amigo do colégio que acaba levando o sobrenome do avô como apelido? O Brigagão; O Mendinho, o Teixeirão. Pois bem. O homem que passou pro Google (Porque né? Antigamente passava-se pra história.) como Le Corbusier era Charles Édouard Jeanneret. Le Corbusier, ou Le Corbesier era seu avô. Ou também "O corvo", há controvérsias.
Le Corbusier foi arquiteto, pintor, pensador, designer e urbanista e é parte fundamental do mundo em que vivemos hoje. Ele projetou sua primeira casa aos 18 anos. Viajou por quase toda a Europa, educando seu olhar, aprendendo com os edifícios dos antigos mestres e também com as cararcterísticas arquitetônicas de cada país que visitou. Trabalhou com grandes nomes da época e foi professor de Arquitetura e Decoração na Escola de Artes de Paris. Criou uma arquitetura limpa, sem ornamentos. Seus projetos urbanísticos influenciaram Oscar Niemeyer e Lúcio Costa na criação de Brasília e é dele o conceito da casa como “máquina de habitar”: funcional, confortável e cercada de verde. Desenvolveu o sistema modular, inspirado pela proporção áurea grega, que padronizou a construção de prédios na Europa pós-segunda guerra. E foi um dos primeiros urbanistas a compreender o impacto dos automóveis nas cidades, tendo grande influência na arquitetura e urbanismo dos Estados Unidos.
Não é pouco para quem nasceu em 1887 (o Brasil ainda era um império!) e morreu em 1965. Veio ao Brasil três vezes (em 1929, em 1936 e 1962, quando conheceu Brasília), chegando a fazer um esboço que, ao que parece, foi completamente aproveitado por Reidy para o projeto do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Em um exemplo de como a sua arquitetura é nossa velha conhecida, temos o uso dos pilotis nos prédios residenciais e públicos, difundidos por Le Corbusier como uma forma de integrar espaços - o externo e o interno, os moradores e o mundo lá fora. E são - com o perdão pelo trocadilho - um dos cinco pilares do seu trabalho.
Mas ninguém é perfeito, e tal como nossos patrícios modernistas, ele fez pelo menos uma casa linda, que não era para pessoas. Le Corbusier acreditava que ele estava fazendo uma máquina de habitar quando projetou a Villa Savoye em 1929. Seu telhado plano vazou tanto que o filho dos Savoye contraiu pneumonia e passou um ano no hospital, como conta Alain de Botton no Arquitetura da Felicidade. Depois de anos em litígio Mme Savoye escreveu a Le Corbusier em carta: "O senhor finalmente reconheceu que essa casa é inabitável". Mas era linda.
Se tem um campo que consagrou Le Corbusier, um campo em que foi genial, foi o mobiliário: seus móveis, unindo uma estrutura em aço e estofamento em couro, extremamente modernos à época do lançamento (1928), se tornaram clássicos do design do século XX. Ele os chamava de “equipamento de habitação” para a sua “máquina de morar”.
A sua chaise longue LC4 é objeto de desejo até hoje, com seu traço delicado, ergonômico e arrojado. Nada, além da gravidade, prende a chaise longue à sua base, o que facilita a mudança de “sentada” para “deitada”. O respeito ao contorno natural do corpo humano fez com que Le Corbusier a chamasse de “máquina de relaxar”.
♥ A série Clássicos do Design é patrocinada pela Essência Móveis, que tem todas essas peças de mobiliário, inclusive miniaturas, e muitas outras por um preço bastante interessante.
Sabe aquele seu amigo do colégio que acaba levando o sobrenome do avô como apelido? O Brigagão; O Mendinho, o Teixeirão. Pois bem. O homem que passou pro Google (Porque né? Antigamente passava-se pra história.) como Le Corbusier era Charles Édouard Jeanneret. Le Corbusier, ou Le Corbesier era seu avô. Ou também "O corvo", há controvérsias.
Le Corbusier foi arquiteto, pintor, pensador, designer e urbanista e é parte fundamental do mundo em que vivemos hoje. Ele projetou sua primeira casa aos 18 anos. Viajou por quase toda a Europa, educando seu olhar, aprendendo com os edifícios dos antigos mestres e também com as cararcterísticas arquitetônicas de cada país que visitou. Trabalhou com grandes nomes da época e foi professor de Arquitetura e Decoração na Escola de Artes de Paris. Criou uma arquitetura limpa, sem ornamentos. Seus projetos urbanísticos influenciaram Oscar Niemeyer e Lúcio Costa na criação de Brasília e é dele o conceito da casa como “máquina de habitar”: funcional, confortável e cercada de verde. Desenvolveu o sistema modular, inspirado pela proporção áurea grega, que padronizou a construção de prédios na Europa pós-segunda guerra. E foi um dos primeiros urbanistas a compreender o impacto dos automóveis nas cidades, tendo grande influência na arquitetura e urbanismo dos Estados Unidos.
Não é pouco para quem nasceu em 1887 (o Brasil ainda era um império!) e morreu em 1965. Veio ao Brasil três vezes (em 1929, em 1936 e 1962, quando conheceu Brasília), chegando a fazer um esboço que, ao que parece, foi completamente aproveitado por Reidy para o projeto do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Em um exemplo de como a sua arquitetura é nossa velha conhecida, temos o uso dos pilotis nos prédios residenciais e públicos, difundidos por Le Corbusier como uma forma de integrar espaços - o externo e o interno, os moradores e o mundo lá fora. E são - com o perdão pelo trocadilho - um dos cinco pilares do seu trabalho.
Mas ninguém é perfeito, e tal como nossos patrícios modernistas, ele fez pelo menos uma casa linda, que não era para pessoas. Le Corbusier acreditava que ele estava fazendo uma máquina de habitar quando projetou a Villa Savoye em 1929. Seu telhado plano vazou tanto que o filho dos Savoye contraiu pneumonia e passou um ano no hospital, como conta Alain de Botton no Arquitetura da Felicidade. Depois de anos em litígio Mme Savoye escreveu a Le Corbusier em carta: "O senhor finalmente reconheceu que essa casa é inabitável". Mas era linda.
Se tem um campo que consagrou Le Corbusier, um campo em que foi genial, foi o mobiliário: seus móveis, unindo uma estrutura em aço e estofamento em couro, extremamente modernos à época do lançamento (1928), se tornaram clássicos do design do século XX. Ele os chamava de “equipamento de habitação” para a sua “máquina de morar”.
A sua chaise longue LC4 é objeto de desejo até hoje, com seu traço delicado, ergonômico e arrojado. Nada, além da gravidade, prende a chaise longue à sua base, o que facilita a mudança de “sentada” para “deitada”. O respeito ao contorno natural do corpo humano fez com que Le Corbusier a chamasse de “máquina de relaxar”.
♥ A série Clássicos do Design é patrocinada pela Essência Móveis, que tem todas essas peças de mobiliário, inclusive miniaturas, e muitas outras por um preço bastante interessante.
Le Corbusier, o corvo
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Por Stella Cavalcanti/Vivianne Pontes Sabe aquele seu amigo do colégio que acaba levando o sobrenome do avô como apelido? O Brigagão; O ...
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