Verner Panton

Por Stella Cavalcanti

Imaginação, alegria, energia, criatividade: misture tudo isso com cores fortes, um senso de estética primoroso e eu te apresento um trabalho do Panton. Minimalismo para quê, meu povo? O moço só quer é ser feliz :)

Verner Panton nasceu em 1926, na Dinamarca. Esqueça o país sombrio e gelado do príncipe Hamlet. O país do Panton é a cor, a luz, o exagero calculado - porque veja bem, não tem oba-oba. O trabalho dele é pensado nos mínimos detalhes.

Panton estudou em Copenhaghen e trabalhou com Arne Jacobsen. Era o enfant terrible da arquitetura e do design dos meados do século passado. O moço criou uma casa dobrável em 1955. Usou o plástico como ninguém havia ousado. Inovador, psicodélico, radical - ele era tudo isso e mais um pouco. E, claro, um sucesso de vendas.

Olha este objeto de lado: uma pinceladada de vermelho na sua sala. Oh, não é uma escultura, é uma cadeira!

A poltrona Cone, ao mesmo tempo em que brinca com seu senso de equilíbrio, mimetiza um sorvete.

É um pássaro? É um avião? É o super-homem? Não, é a Multi-purpose Piece. É uma cadeira? É. É uma mesa? Pode ser. É um banco? Claro! É uma lounge? Porque não? E também pode ser uma namoradeira - aquele móvel com dois lugares, sabe qual é? Pois então. A Multi-porpose Piece é tudo isso e mais um pouco. Esse é o tamanho da imaginação do Panton.

A ambientação da Exposição Visiona, para a Cologne Furniture Fair (foram duas Visionas, aliás. Uma em 1968 e outra em 1970) deixou até hoje a marca de sua ousadia, e é um bom exemplo do que foram os anos 60 na Europa.

E o ambiente abaixo, quem adivinha o que é?

Não é um hotel, nem um restaurante, nem uma casa de shows. É a sede da revista alemã Der Spiegel, projeto de 1969.

Panton morreu em 1998, em Copenhaghen, na Dinamarca. Seu legado? Um mundo mais cheio de cor, ousadia e humor no design.

♥ A série Clássicos do Design é patrocinada pela Essência Móveis, que tem várias dessas peças de mobiliário, inclusive miniaturas.